tarcílio,
um dia o senhor se pronunciou na sala em um dos seus discursos após perder a paciência com os alunos que faziam pouco caso da sua aula e lembro de dizer sobre as pessoas que são usadas, nesse trem que é a vida: que anda tão depressa que a gente nem vê essas pessoas volúveis, “lenha sem nome”, que servem de combustível que queimam tão rápido e logo suas cinzas são lançadas ao vento, e nunca mais se sabe que são sempre uma atrás da outra que tem seu calor e seu brilho, tão bonito, que logo apaga e nunca mais se ouve falar “e agora, José?” eu não quero ser lenha sem nome, Tarcílio mas essa vida insípida me queima e eu me sinto reduzida a nada mais que pó